Flanelagem Seletiva: A Contradição da Ordem em Cabo Frio




Cabo Frio, RJ – Em meio a promessas de ordem e fiscalização, o prefeito Dr. Serginho tem adotado uma postura ostensiva contra a flanelagem irregular na Praia do Forte, recebendo aplausos de uma parcela da população por sua postura firme. Contudo, a recente edição do Cabofolia revelou uma incoerência desconcertante: flanelinhas cobrando valores abusivos para estacionamento nas vias públicas próximas ao evento, sem qualquer ação concreta por parte do governo municipal para coibir essa prática.


Durante o Cabofolia, enquanto foliões lotavam a cidade, os flanelinhas aproveitaram a oportunidade para impor cobranças que chegavam a R$ 30 por vaga em áreas públicas. A ausência de medidas efetivas, especialmente em um evento de tamanha visibilidade, expõe um contraste evidente com a rigorosa fiscalização exercida na Praia do Forte. Para agravar a situação, informações obtidas por nossa redação indicam que alguns desses flanelinhas seriam apoiadores políticos do atual prefeito, o que levanta suspeitas sobre uma possível tolerância seletiva.


O Prefeito foi isento da cobrança abusiva?


Fica a pergunta: será que Dr. Serginho, presente no evento, também pagou os valores abusivos cobrados, ou foi anistiado por ser prefeito da cidade? Essa dúvida ecoa entre os cidadãos, alimentando a percepção de que as promessas de “botar ordem” não se aplicam a todas as situações – ou pessoas – de maneira igualitária.


Contradições além do trânsito


As incoerências na gestão municipal não se limitam ao episódio do Cabofolia. Na Praia do Forte, os barraqueiros enfrentam restrições severas impostas pela prefeitura, que limitam a quantidade de barracas, guarda-sóis e outros itens essenciais para o sustento desses pequenos empreendedores, sob o argumento de “organizar a cidade”.


No entanto, em bairros como a Passagem, empresários do setor de bares e restaurantes ocupam calçadas e ruas com mesas e cadeiras, muitas vezes dificultando o trânsito de veículos e pedestres, sem qualquer fiscalização ou imposição de regras semelhantes. Esse cenário expõe uma clara disparidade no tratamento dado aos pequenos trabalhadores em relação aos grandes empresários.


Uma cidade que clama por equidade


Essa aplicação seletiva das leis levanta questionamentos sobre a justiça e a transparência da administração municipal. Cabo Frio, com toda sua riqueza cultural e natural, merece um governo que atue de maneira equitativa, sem beneficiar determinados grupos em detrimento de outros.


Os cidadãos clamam por uma gestão que não se limite a discursos, mas que se comprometa, na prática, a garantir uma cidade organizada, justa e acolhedora para todos, independentemente de sua posição social ou alinhamento político.

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