O Papa Francisco, que fez história como o primeiro pontífice latino-americano, morreu nesta segunda-feira, aos 88 anos, no Vaticano. A informação foi divulgada pelo porta-voz da Santa Sé, que declarou luto oficial e agradeceu ao mundo pelas bênçãos e homenagens prestadas.
Nascido como Jorge Mario Bergoglio, o papa foi eleito em 13 de março de 2013, sucedendo Bento XVI após sua notável renúncia. Natural da Argentina e filho de imigrantes italianos, o então arcebispo de Buenos Aires se tornou o 266º papa e o primeiro não europeu em mais de 1.200 anos.
O período do pontificado de Francisco ficou conhecido por seu estilo pastoral acessível e seu comprometimento com questões sociais. Ele incentivou o diálogo inter-religioso e adotou uma abordagem mais progressista em relação a temas delicados da Igreja. Sua visão de uma "Igreja em saída", focando no apoio aos pobres, marginalizados e injustiçados, fez dele uma figura admirada globalmente, ao mesmo tempo que gerou críticas de setores mais conservadores da instituição.
Francisco será lembrado também por sua forte defesa da ecologia, expressa na encíclica Laudato Si’, além de seu incansável trabalho em prol dos direitos dos refugiados, migrantes e minorias. Com uma vida pautada pela simplicidade e humildade, optou por residir na Casa Santa Marta, optando por não viver no tradicional Palácio Apostólico.
Ao longo de seu papado de mais de 12 anos, Francisco percorreu diversos países, sempre levando mensagens de esperança, paz e fraternidade. Sua preocupação com os mais vulneráveis cativou tanto fiéis católicos quanto pessoas de outras crenças ao redor do globo.
Com o falecimento do Papa Francisco, a Igreja Católica entra agora na fase de Sé Vacante. O Colégio dos Cardeais será convocado para um conclave que elegerá o novo sucessor de Pedro.
O corpo do papa será velado na Basílica de São Pedro nos próximos dias, e espera-se que milhares de fiéis se dirijam a Roma para prestar suas últimas homenagens a esse líder que transformou a imagem do papado no século XXI.
