PF deflagra Operação Teatro Invisível 2 e investiga prefeito de Cabo Frio, Dr Serginho por esquema de fake news e fraude


Uma nova fase da Operação Teatro Invisível, realizada pela Polícia Federal (PF), foi deflagrada na manhã desta quarta-feira, 15 de abril, e envolve a investigação de um esquema de desinformação e corrupção que pode ter causado um rombo de R$ 3,5 bilhões aos cofres públicos. O prefeito de Cabo Frio, Dr. Serginho (PL), é um dos alvos principais da operação que busca desarticular uma organização criminosa suspeita de fraudes em licitações e lavagem de dinheiro.


Segundo as investigações, o grupo criminoso se utilizava de atores para encenar diálogos em locais de grande circulação, com o intuito de desmoralizar adversários políticos e influenciar o eleitorado em períodos eleitorais. Essas encenações eram filmadas e postadas nas redes sociais, configurando um grave esquema de desinformação que afetou diretamente as últimas eleições municipais.


Os agentes da PF cumpriram 10 mandados de busca e apreensão em várias cidades do estado do Rio de Janeiro, incluindo Cabo Frio, Itaguaí, Mangaratiba, e também em Juiz de Fora, em Minas Gerais. Durante a ação, a Justiça também bloqueou contas de investigados, totalizando cerca de R$ 3,5 bilhões, e suspendeu as atividades econômicas de oito empresas envolvidas no esquema.


A Operação Teatro Invisível 2 é um desdobramento de investigações iniciadas em setembro de 2024 e revela a utilização de recursos não declarados à Justiça Eleitoral para favorecer candidatos. De acordo com a PF, as empresas investigadas teriam firmado contratos genéricos com as prefeituras, que serviram como fachada para a realização de pagamentos fraudulentos a esses atores contratados.


Além disso, a investigação apontou para a destruição de provas digitais que poderiam incriminar os membros da organização. Com a descoberta de novas evidências relacionadas a atos sistemáticos de lavagem de dinheiro, o trabalho da PF se concentra na apuração de outros possíveis envolvidos e na identificação de práticas ilícitas que possam ter se disseminado por diversos municípios do estado.

Os crimes investigados, se confirmados, podem resultar em penas que, somadas, ultrapassam 27 anos de reclusão para os envolvidos. A população de Cabo Frio, marcada por um cenário político conturbado, aguarda desdobramentos dessa investigação que promete impactar a administração pública local.


Repercussão  

A nova fase da Operação Teatro Invisível gerou preocupações entre os cidadãos cabofrienses, que expressam preocupações sobre a integridade de seus representantes e a utilização de recursos públicos. Moradores, acadêmicos e representantes de movimentos sociais pedem transparência e rigor nas investigações, no intuito de restaurar a confiança na política local.


A PF, por sua vez, continua a apuração com firmeza e promete levar à Justiça todos os responsáveis por esse esquema criminoso que, segundo as autoridades, não apenas prejudicou as finanças públicas, mas também comprometem a democracia e o direito à informação correta durante os processos eleitorais.

Postagem Anterior Próxima Postagem

Formulário de contato