"Cruel, Injusta e Excludente”: Mães Denunciam Afastamento De Alunos PCDs Com Mais de 25 Anos da Escola Renato Azevedo, Em Cabo Frio

"Cruel, injusta e excludente”: mães denunciam afastamento de alunos PCDs com mais de 25 anos da Escola Renato Azevedo, em Cabo Frio

Famílias afirmam que medida da unidade especial retira o direito à educação e destrói anos de convivência e desenvolvimento de pessoas com deficiência!

A decisão da Escola Municipal Renato Azevedo, em Cabo Frio, tem gerado revolta e angústia entre famílias de pessoas com deficiência (PCDs). De acordo com denúncias de pais e responsáveis, a unidade estaria afastando alunos com mais de 25 anos, sob a justificativa de abrir vagas para estudantes mais jovens.

A medida, que afetaria dezenas de famílias, é considerada “cruel, injusta e excludente” por mães e cuidadores que se mobilizam contra a decisão. Muitos dos alunos atingidos estudam na escola há mais de uma década, tendo desenvolvido vínculos afetivos, rotinas de aprendizagem e laços de convivência fundamentais para seu desenvolvimento cognitivo e emocional.

Assista ao relato: 


Em nota de repúdio divulgada nesta semana, as famílias pedem que a Prefeitura e a Secretaria Municipal de Educação reavaliem imediatamente a decisão. O texto, encaminhado ao portal Fala Dirlei, destaca o impacto psicológico e social da medida:

“A escola especial onde muitos desses alunos estudam há mais de 10, 15 anos está afastando todos os estudantes com mais de 25 anos, alegando que dará prioridade a alunos mais novos por conta da falta de vagas. [...] Essa medida é cruel, injusta e excludente. Ela desconsidera o vínculo emocional, o aprendizado contínuo e o impacto psicológico que essa ruptura vai causar — tanto nos alunos quanto nas famílias, que há anos lutam por inclusão, respeito e dignidade.”

Os familiares ressaltam que não há alternativa de acolhimento para os alunos desligados, o que agrava a situação. “Essas pessoas agora não têm pra onde ir”, diz o documento.

A nota termina com um apelo direto às autoridades municipais:

“Pedimos à Prefeitura de Cabo Frio, ao Prefeito e à Secretaria de Educação que reavaliem imediatamente essa decisão. Incluir não é escolher — é acolher.”

A Prefeitura de Cabo Frio e a Secretaria Municipal de Educação ainda não se manifestaram oficialmente sobre o caso até a publicação desta matéria.

Enquanto aguardam uma resposta, as famílias seguem se mobilizando nas redes sociais e prometem levar o caso ao Ministério Público, caso a decisão não seja revista.


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