Prefeitura de Cabo Frio é acusada de favorecer comércio nobre e reprimir ambulantes populares.
Enquanto o bairro da Passagem, conhecido por seu charme e pelo público de maior poder aquisitivo segue movimentado com bares e restaurantes ocupando as ruas com mesas e cadeiras, ambulantes que trabalham nas praias de Cabo Frio denunciam tratamento desigual por parte da Prefeitura.
Durante o ano de 2025, vídeos e relatos nas redes sociais mostram ações do “choque de ordem” retirando vendedores ambulantes da orla, muitos deles trabalhadores autônomos que dependem dessa renda para sustentar suas famílias. Ao mesmo tempo, o comércio da Passagem opera com ocupação visível de espaços públicos, sem que a fiscalização municipal adote a mesma rigidez. (Acompanhem o vídeo retirado da página faladirleioficial).
Bairro nobre com privilégios
Na Passagem, um dos cartões-postais da cidade, é comum ver ruas parcialmente tomadas por mesas, guarda-sóis e estruturas comerciais. Empresários e comerciantes locais parecem gozar de liberdade para expandir suas atividades sobre o espaço público, muitas vezes bloqueando o trânsito de pedestres e veículos, sem sofrer penalidades.
“Se um ambulante colocar uma barraca na areia da praia, a Prefeitura manda tirar na hora. Mas na Passagem, pode fechar a rua inteira para colocar mesas. Isso é justo?” questiona um morador da cidade indignado com a situação.
Ambulantes sob repressão
Em contrapartida, ambulantes que trabalham duro nas praias relatam ações agressivas da fiscalização, que chegam a apreender mercadorias e equipamentos. Muitos afirmam que não há diálogo com o poder público, e que a prefeitura apenas reprime, sem oferecer alternativas de trabalho. Esses trabalhadores informais estão apenas tentando trabalhar, ninguém está ali por luxo, estão por necessidade. Que sejam colocadas as regras, mas com respeito.
Críticas à gestão de Dr. Serginho
A postura da gestão do prefeito Dr. Serginho (PL) tem sido criticada por adotar critérios diferentes de acordo com o público e a localização. Enquanto o governo promove eventos e incentiva o turismo em áreas nobres, os trabalhadores mais humildes afirmam viver sob perseguição e medo. O espaço público deve ser democrático e acessível a todos, sem privilégios baseados em classe social ou poder econômico. Quando a gestão privilegia uma área rica e reprime o trabalho popular, reforça desigualdades e compromete o caráter público da cidade.
🚨 Dois pesos, duas medidas
As denúncias reforçam uma percepção crescente entre moradores de que Cabo Frio vive uma gestão de dois pesos e duas medidas, uma cidade para os ricos, e outra para os trabalhadores.
Enquanto bares da Passagem seguem ocupando ruas sem fiscalização, ambulantes das praias seguem perdendo o direito de trabalhar.
A promessa de campanha de Dr. Serginho, “A vida vai melhorar" parece ainda não ter chegado a população mais humilde.
Entendo que os empresários precisam trabalhar e que o charmoso bairro da Passagem emprega centenas de pessoas que vivem e dependem desse sustento, mas o poder executivo na pessoa do Prefeito Serginho precisa saber equilibrar esta balança. Primeiro que os trabalhadores que vivem da praia também precisam do seu sustento; Segundo que precisa ter um equilíbrio e bom senso, o bairro da Passagem virou um lugar que parece não ter lei, as ruas estão praticamente ocupadas por mesas e cadeiras, até mesmo na rua principal e esquinas. Pedestres precisam passar pelas ruas correndo o risco de sofrerem um acidente. Sem falar que até durante o dia essa ocupação ocorre, em alguns casos somente com cadeiras para reservar o espaço, tirando a possibilidades de um motorista estacionar seu veículo e pagar o estacionamento, o que seria neste caso uma renúncia de receita por parte do poder executivo, que parece estar de olhos vendados para tamanho absurdo.

